domingo, 5 de janeiro de 2014

Marcas no Mundo


A vida é feita de acontecimentos inesperados, por exemplo, acidentes, surpresas, situações caricatas do dia a dia, ataques cardíacos etc... Hoje acordei e a primeira noticia que li foi a morte de um ícone português, Eusébio, o grande jogador de futebol tinha morrido de insuficiência cardíaca durante a noite, embora não sendo benfiquista nem muito fã do homem em si, esta noticia não me deixou de chocar, visto que a figura de Eusébio era admirada por milhões de fãs de futebol espalhados por todo o mundo, uma grande perda para o desporto, mas outra coisa também me veio a cabeça, sendo Eusébio o homem que foi, qual foi o seu contributo para com o mundo? O que é que ele fez de tão especial para ser admirado e para a sua morte ser reportada por quase todos os países deste nosso planeta Terra? O homem pode ter sido incrível a fazer o que fazia, mas a verdade é que ele não passava nem passou de um ser humano como todos os outros, se eu morresse hoje as únicas pessoas que iriam sofrer seria a minha família e os meus amigos, não teria um funeral memorável com milhares e milhares de pessoas a chorarem por mim, o que teria eu de fazer para que a minha morte fosse algo de triste e revoltante para o mundo?
São coisas que acontecem hoje morreu Eusébio da mesma maneira que há séculos atrás morreu Luís de Camões, ambos ídolos nacionais, mas uma pequena diferença os separa, Camões teve uma arte que hoje é recordada como a maior obra Literária portuguesa, Eusébio levou os pés dele para a cova, mas também ficou para a historia, é estas coisas que nos fazem pensar, o respeito que as pessoas dão aos seus ícones na morte, mas a diferença com que os tratavam enquanto estavam vivos, certamente devia existir muitas criticas a Eusébio enquanto ele era vivo, no entanto agora que morreu essas criticas cessam e desaparecem, porque criticar um morto não só é má educação como falta de carácter e respeito, não se deve insultar quem não se pode defender ou responder.
Estas coisas dão que pensar, todos queremos deixar a nossa marca no mundo, mas nem todos o conseguem, mas existem marcas e marcas, marcas que fazem a diferença e marcas que apenas ficam durante 15 dias e simplesmente desaparecem, eu gostava de marcar a diferença, deixar o mundo com um cicatriz e quem a olhasse dissesse foi fulano de tal a fazer aquilo, para mim poderiam criticar elogiar, mas seria uma marca, um símbolo de que eu pisei a terra, de que eu estive aqui, de que eu e só eu consegui fazer um feito que iria perdurar durante tempos infinitos e que daqui a cem anos ainda se lembrassem de mim, mas que daqui a mil já alguém me tivesse ultrapassado, tudo o que queremos pode ser atingido, o problema é consegui lo, e se Eusébio deixou uma marca por dar uns chuto numa bola, então o que posso eu fazer para deixar uma marca minha também? Ainda sou jovem, tenho o resto da minha vida toda para o descobrir, talvez um cigarro ajude a eu descobrir isso, talvez a ideia me venha enquanto o fumo, mas com muita certeza não será este que esta no meus lábios, não será o fumo nos meus pulmões e ha minha frente neste preciso momento que trará essa iluminação, talvez noutro dia, noutro mes, noutro ano, mas talvez o trará, enquanto eu fumo um cigarro.

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